Coluna Dolce Vita

Em tempo de frio e boas safras na Feira de Vinhos do Super Nosso, as belas Fabiana Arabe e Rafaela Nejm

Foto: Edy Fernandes

Agregando beleza às curvas de Niemeyer na Pampulha, Lara Cabral, nos jardins do Ilustre Garden

Foto: Edy Fernandes

Quem faz e acontece na moda e na Modernos Eternos BH: Renato Loureiro e Cláudia Gonçalves de Souza

Foto: Edy Fernandes

Bom e antigo

Bom texto para compartilharmos neste domingo de reflexão e invernal lazer! “Existem cinco coisas antigas que são boas: esposas idosas, velhos amigos para conversar, a velha lenha para aquecer, velhos vinhos para beber e os livros antigos para ler”. Texto de Émile A. Faguet. “O segredo de uma boa velhice não é outra coisa senão um pacto honrado com a solidão”, pérola de Gabriel Garcia Marques.

Bom e velho

“Envelhecer é como escalar uma grande montanha: enquanto escala, as forças diminuem, mas o olhar é mais livre, a visão mais ampla e mais serena” (Ingmar Bergman). “Os primeiros quarenta anos de vida nos dão o texto; os próximos trinta, o comentário” (Arthur Schopenhauer). “Os velhos desconfiam dos jovens porque já foram jovens” (William Shakespeare). “Quando me dizem que estou velho demais para fazer alguma coisa, tento fazer mais rápido” (Pablo Picasso).

Antigo e velho

“A velhice é um tirano que proíbe, sob pena de morte, todos os prazeres da juventude” (François de La Rochefoucauld). “As rugas do espírito nos fazem mais velhos que os do rosto” (Michel Eugene de le Montaigne). “O envelhecimento ainda é o único meio que foi encontrado para viver muito tempo” (Charles Augustin Sainte-Beuve).

Antigo ou velho

“Ninguém é tão velho que não possa viver mais um ano, nem tão jovem que hoje não possa morrer” (Fernando de Rojas). “Todos queremos envelhecer e todos negamos que chegamos” (Francisco de Quevedo). “Se você quer ser velho por um longo tempo, envelheça logo” (Cícero). “Nada envelhece tanto quanto a morte daqueles que conhecemos durante a infância” (Julián Green).

Velho e jovem

“O jovem conhece as regras, mas o velho conhece as exceções” (Oliver Wendell Holmes). “Na juventude aprendemos, na velhice entendemos” (Marie von Ebner Eschenbach). “A maturidade do homem é ter recuperado a serenidade com a qual brincávamos quando éramos crianças” (Frederich Nietzsche). “O velho não pode fazer o que um jovem faz; mas faz melhor” (Cícero).

Velho e sábio

“Leva dois anos para aprender a falar e sessenta para aprender a calar a boca”. (Ernest Hemingway). “As árvores mais antigas dão os frutos mais doces” (Provérbio alemão). “Aqueles que realmente amam a vida são aqueles que estão envelhecendo” (Sófocles). “Quando você é velho na carne, seja jovem na alma” (autor desconhecido, mas sábio). “A velhice tira o que herdamos e nos dá o que merecemos” (Gerald Brenan).

Velho e conhecido

“Um homem não é velho até que comece a reclamar em vez de sonhar” (John Barrymore). “Um homem não envelhece quando sua pele enruga, mas quando seus sonhos e esperanças se encolhem” (grafite, bom, de rua). “Velho é aquele que considera que sua tarefa está cumprida. Aquele que se levanta sem metas e se deita sem esperança” (outro autor sábio e desconhecido).

A gente “somos” inútil

Outro ótimo texto que recebemos e vale a pena compartilhar com vocês. Especialistas e historiadores como Yuval Noah Harari há muito vêm prevendo que as máquinas tornariam os trabalhadores redundantes. Esse momento já pode estar aqui. Mas o que isso traz de ruim? Diz Harari, sobre uma nova classe de pessoas que deve surgir até 2050: a dos inúteis. “São pessoas que não serão apenas desempregadas, mas que não serão empregáveis”.

A gente inútil

“A questão mais importante na economia do século 21 pode muito bem ser: o que devemos fazer com todas as pessoas supérfluas? A maioria das crianças que atualmente aprendem na escola provavelmente será irrelevante quando chegar aos 40 anos”, prevê Harari.

Lança-Perfume

* De acordo com Harari, esse grupo será alimentado por um sistema de renda básica universal. Mas como manter esses indivíduos satisfeitos e ocupados.

“As pessoas devem se envolver em atividades com algum propósito. Caso contrário, enlouquecerão. Afinal, o que a classe inútil irá fazer o dia todo?”.

Games de realidade virtual poderão ser uma das soluções, como nos costumes antigos: “No passado, chamávamos esses jogos de ‘religiões’”.

A maioria dos empregos vai desaparecer dentro de décadas. Muitas novas profissões provavelmente aparecerão: designers do mundo virtual, por exemplo.

Mas essas profissões exigirão criatividade e flexibilidade, e não está claro se agentes de seguros desempregados, aos 40 anos, poderão se reinventar como designers do mundo virtual.

E mesmo que um ex-agente de seguros faça a transição para o mundo virtual, o ritmo do progresso é tal que, em mais uma década, ele terá que se reinventar novamente.

A mesma tecnologia que torna os seres humanos inúteis também pode tornar viável alimentar e apoiar as massas desempregadas através de algum esquema de renda básica universal.

Voltando aos games das religiões. O que é uma religião, se não um grande jogo de realidade virtual desempenhado por milhões de pessoas juntas?

Muçulmanos e cristãos, por exemplo, atravessam a vida tentando ganhar pontos em seu jogo de realidade virtual favorito. Se você reza todos os dias, você obtém pontos. Se você esqueceu de orar, você perde pontos.

No passado, isso foi feito com a imaginação humana e com livros sagrados, e no século 21 pode ser feito com smartphones.

E quanto à verdade? E a realidade? Realmente queremos viver em um mundo no qual bilhões de pessoas estão imersas em fantasias, buscando objetivos criativos e obedecendo leis imaginárias?

Bem, goste ou não, esse é o mundo em que vivemos há milhares de anos.

Para mais e melhores divagações, dois livros de Harari: “Sapiens: Uma Breve História da Humanidade” e “Homo Deus: Uma Breve História do Amanhã”.