Dolce Vita | domingo, 13 de junho de 2021

Passaporte para a beleza, Anna Barroso. Foto: Edy Fernandes

Saída à brasileira

De Cristina Campos, diretora na Estação Turismo e Viagens. “Brasil! Sim, existem destinos muito caros, principalmente quando fechados em cima da hora, pois estamos com menos opções de voos e muita procura. Turismo doméstico, viajamos muito mais no Brasil, já que as possibilidades para o exterior são pouquíssimas e as restrições muitas”.

Saída à mexicana

“Poucas novidades porque com as restrições para brasileiros, tudo fica restrito. Sabemos de muitas pessoas fazendo quarentena, no México, por exemplo, para entrar e até se vacinar nos Estados Unidos. Alguns curtindo a Riviera Maya, no mesmo México; outros as ilhas Maldivas, com Dubai e até o Egito; onde for possível”.

Saída vacinada

“Nos destinos internacionais, o que temos vendido é isso. A Espanha vai abrir suas fronteiras para pessoas vacinadas. E acho que Europa e Estados Unidos devem fazer o mesmo. Menos, como já sabemos, para os vacinados com a Coronavac. Enquanto isso todos aproveitando para conhecer um pouco mais do nosso Brasil”.

Saída fria

“Com o frio começando, muita procura por Gramado, Campos do Jordão, Monte Verde; além dos Lençóis Maranhenses, inclusive porque, o meio do ano é a melhor época lá, época das cheias. Com o protocolo reduzindo em 50% a capacidade de hotéis e pousadas, fica mais difícil confirmar. As reservas devem ser feitas com mais antecedência, caso contrário, a pessoa não consegue, principalmente nestes destinos em alta”.

Sem Saída

É o problema e o eterno absurdo do Brasil, neste caso, envolvendo o desperdiçado Turismo, fonte limpa de receitas, mina de ouro em todo o mundo. O Brasil, tão grande e lindo, “e faltando espaço, opções”. Como pode! Cristina Campos enfatiza ainda que, depois de um ano e três meses, a malha aérea também ficou menor na pandemia.

Sem noção

“Fins de semana, feriados grandes, esticados, um período que teoricamente seria de férias, tudo lotado, exigindo muito planejamento”. Resumindo a ópera; muita gente trancada há muito tempo; “a fome e a vontade de comer”; restrições contra aglomeração e lotação, poucas opções e aviões. Resultado, tudo muito caro e, para variar, “o filé só para quem pode”.

Visto permanente para a beleza, Ellen Oliveira. Foto: Edy Fernandes

Sem loção

Para ilustrar o cenário, a companhia Azul vai retomar os voos sem escalas para Cabo Frio a partir de julho saindo de Belo Horizonte (Aeroporto de Confins) e de Campinas (SP). Além de Cabo Frio, que oferece belas praias, também são bastante procuradas as cidades de Búzios e Arraial do Cabo. Já é um consolo, um pingo de opção. Chegar lá, tudo bem. Mas onde ficar?

Sem igual

Do outro lado da moeda de níquel, o ouro. Variando sobre o mesmo tema, matéria da CNN Brasil afirma que “o melhor hotel do mundo está em Gramado, Rio Grande do Sul, Brasil. O “Colline de France” foi escolhido como o melhor hotel do mundo pelo Traveller’s Choice 2021, da plataforma TripAdvisor, ficando à frente de hotéis da Suíça, Grécia e Maldivas. Mas como assim? Como pode? De onde veio este hotel?

Sem comparação

O destino da serra gaúcha é o local que possui os melhores hotéis do país. Dos 25 melhores hotéis brasileiros da edição atual, seis estão em Gramado. O Colinne de France promete ser um “pedacinho da Europa no Brasil” com experiências exclusivas, muito requinte e conforto.

Sem perdão

São 34 suítes unindo a herança do Império Francês com toques contemporâneos na decoração, detalhes pintados em tons de ouro ou prata e ambientes aromatizados com fragrância personalizada. Os móveis têm estilo imperial esculpidos à mão, há itens de beleza da L’occitane e linha de cama da Trussardi/Trousseau.

Cartão de embarque para a beleza, Júlia Horta. Foto: Edy Fernandes

Lança Perfume*

Ainda sobre este “Encanto brasileiro” no Rio Grande do Sul, com 36 mil habitantes, a duas horas de Porto Alegre, Gramado encanta.

Passeios e atividades, parques, jardins, roteiros de agroturismo, fábricas de chocolate, museus, restaurantes e lojinhas.

E no Natal a cidade se transforma, oferecendo o maior evento natalino do país, o Natal Luz.

Outras cidades se destacam na premiação brasileira. Dois dos melhores hotéis estão em Campos do Jordão (SP).

Outro famoso destino de inverno, na Serra da Mantiqueira. Lá, o Carballo Hotel & Spa e o Hotel Le Renard, na 6ª e 9ª posições respectivamente.

A cidade de São Paulo tem o Tivoli Mofarrej e o Pullman Ibirapuera, na 19ª e 23ª posições respectivamente.

Nos hotéis “pé na areia!”, Natal, Maceió, Ilhabela e Aquiraz.

*Para “humilhar” e aumentar nossa frustração, uma notícia que lemos aqui mesmo, em O TEMPO.

Quem conhece Versalhes, nos arrabaldes de Paris, tem noção da imensidão e riqueza dos palácios e jardins; da história e do potencial turístico daquela “ilha de tesouros”.

Pois bem, “agora já é possível se hospedar no Palácio de Versalhes”.

“Dia 1º, foi inaugurado o hotel Airelles Château de Versailles – Le Grand Contrôle, nas dependências do palácio”.

Não esqueçamos que os espaços do palácio, há muito, podem ser “alugados” para festas, por exemplo. Mas voltemos ao novo hotel.

“Diárias a partir de 1.700 euros (R$10.483), com mordomo e passeios privativos. O hotel permitirá ao hóspede vivenciar o luxo da corte de Luís XIV, o ‘Rei Sol’”.

“O edifício que abriga o hotel foi construído em 1681 pelo arquiteto Jules Hardouin-Mansart, por ordem do rei Luís XIII, mas Luís XIV é seu verdadeiro criador, pois deu sua amplitude”.

“Em 2016, o grupo Airelles, que administra hotéis de luxo na Europa, firmou um contrato para comandar o Le Grand Contrôle”.

“A restauração foi feita pelo arquiteto e designer de interiores, Christophe Tollemer e Emmanuelle Vidal-Delagneau, especialista em arte francesa.

O hotel tem apenas 14 quartos, que receberam o nome de personalidades que tiveram alguma relação com o edifício.

A suíte, que acomoda duas pessoas, tem 120 m² e teto com 4m de altura.

O restaurante do hotel é comandado por Alain Ducasse, um dos dois chefs do mundo a ter 21 estrelas Michelin.

O jantar é praticamente uma peça de teatro, linda alusão aos banquetes reais, com a equipe vestida em trajes de época.

Com uma piscina de 15m, o spa está sob o comando da marca suíça de cosméticos Valmont, que oferece aos hóspedes rituais de beleza inspirados na rainha Maria Antonieta (1755-1793).