Dolce Vita | domingo, 12 de abril de 2020

Os sócios da AvantGarde Motors, Rodrigo Freitas, Áureo Brandão e Fernando Duran, que inauguram o novo supershowroom da marca, com cerca de 6 mil m², após o fim do isolamento social

Foto: Fábio Cançado


Todo o charme e elegância de Aline Pinheiro

Foto: Edy Fernandes


Carla Cruz, emprestando sua beleza para a coluna

Foto: Edy Fernandes


Doença e remédio

Belo poema o de Kathleen O’Meara (Dublin, Irlanda, 1839-1888, Paris, França). Versos que vestem como luva e máscara o momento que estamos vivendo e sobrevivendo: “E as pessoas ficaram em casa. E leram livros e ouviram música. E descansaram e fizeram exercícios. E fizeram arte e jogaram. E aprenderam novas maneiras de ser. E pararam. E ouviram mais fundo. Alguém meditou. Alguém rezava. Alguém dançava. Alguém conheceu a sua própria sombra”.

Remédio e cura

“E as pessoas começaram a pensar de forma diferente. E as pessoas se curaram. E na ausência de gente que vivia de maneiras ignorantes, perigosos, perigosos, sem sentido e sem coração. Até a terra começou a curar e quando o perigo acabou e as pessoas se encontraram, ficaram tristes pelos mortos. E fizeram novas escolhas. E sonharam com novas visões. E criaram novas maneiras de viver. E curaram completamente a terra. Assim como eles estavam curados”.


Óbvio e claro

Amigo e leitor da coluna escreveu ou repassou um pensamento óbvio e bem estruturado que é para essa turma cheia de convicções e disposta, a essas alturas, a discutir e brigar. Sem querer entrar em polêmicas, preferiu não se manifestar em grupos de amigos, por não ter “a pretensão de mudar a cabeça de ninguém”. Segue o texto: “É compreensível o empresário querer voltar a trabalhar para honrar suas contas e não ter que demitir seus funcionários? Sim! É compreensível as pessoas quererem ficar em casa para protegerem seus entes queridos do vírus? Sim!”.

Óbvio e ululante

“Entenda, a maioria das empresas que quer voltar a funcionar não tem dinheiro em caixa para manter as portas fechadas e ainda assim pagar seus funcionários, pagar fornecedores, aluguel, impostos etc. Querem voltar para não falir, para não demitir, para não comprometer a renda das famílias que tiram seu sustento dali. Não são genocidas que querem matar todo mundo, colocando o lucro acima de tudo. Entenda, também, que a maioria das pessoas que pede a quarentena não é de vagabundos preguiçosos que querem ficar de pernas para o ar em casa”.

Ululante e lógico

“A grande maioria está morrendo de medo, medo de perder pessoas queridas, pode ter um filho com uma doença respiratória, pode morar com os pais, avós, enfim. Não existe uma escolha fácil de nenhum lado. Já me peguei mudando de opinião umas 35 vezes. Você vê reportagens de empresas demitindo centenas de funcionários e pensa – meu Deus, temos que voltar a trabalhar. Aí, em seguida, você vê uma reportagem sobre a Itália e pensa – meu Deus, temos que nos trancar até 2021”.

Lógico e sensato

“Nenhum dos dois cenários agrada: o vírus matando milhares de pessoas ou um panorama econômico devastador, com miséria, desemprego, fome e violência, que também irá matar muitas pessoas? Você está preparado para perder um ente querido? Eu não. Você está preparado para perder seu sustento ou sua empresa e ficar sem saber como manter sua família? Eu não. Entendam, não existe resposta fácil! Estão todos morrendo de medo”.

Lança-Perfume

* Suíte e fim do texto: “Se respeitem, respeitem as opiniões de cada um. Respeitem o desespero do empresário e o desespero da pessoa que está em casa protegendo a família”.

“Parem de semear ódio e palavras ásperas, parem de ofender pessoas só porque têm opinião diferente da sua!”.

“Tentem postar coisas instrutivas, que acalmem. Estamos todos no mesmo barco e, embora alguns tenham colete salva-vidas e outros não, não esqueçamos que o mar tem tubarão!”.

* Outra variação interessante sobre o mesmo tema sombrio: “Há 200 anos Napoleão Bonaparte fez uma profecia: ‘Deixem a China dormir porque, quando ela acordar, o mundo vai estremecer’”.

A China do futuro é a de hoje. Há muito, a piada tudo é ‘Made in China’ virou realidade.

Por Luciano Pires, diretor de marketing da Dana e profissional de comunicação: “Alguns conhecidos voltaram da China impressionados”.

“Enquanto o Brasil fabrica um milhão de unidades de um produto, uma só fábrica chinesa produz quarenta milhões...”.

“A qualidade já é equivalente. E a velocidade é impressionante. Os chineses colocam qualquer produto no mercado em semanas”.

“Com preços que são uma fração dos daqui. Um operário brasileiro ganha US$ 300, que acrescidos de impostos e benefícios, viram US$ 600”.

“Quando comparados aos US$ 100 dos chineses, que recebem praticamente zero benefícios, estamos perante uma escravatura amarela e alimentando-a”.

“Horas extra? Na China...? Esqueça! O pessoal por lá é tão agradecido por ter um emprego que trabalha horas extras sabendo que não vai receber nada por isso”.

“Atrás dessa ‘postura’ está a grande armadilha chinesa. Não se trata de uma estratégia comercial, mas sim de uma estratégia ‘de poder’ para ganhar o mercado ocidental que se contenta com o valor agregado do produto: a marca”.

O texto continua e é bem maior, mas termina com um resumo assustador: “Comecem a comprar já os produtos de fabricação nacional, fomentando o emprego em seu país, pela sobrevivência dos amigos, vizinhos, da sua própria e de seus filhos.