Dolce Vita | domingo, 11 de agosto de 2019

No olhar do pequeno João Paulo, um novo horizonte de Manhattan

Foto: Paulo Navarro

Na ponte aérea Beagá-Nova York, a descolada Cláudia Gonçalves

Foto: Arquivo Pessoal

A chique e competente dermatologista Eveline Bartels

Foto: Edy Fernandes

Novas de Nova York

Do meu recente diário de bordo, em Nova York, fotografias em P&B da “Big Apple”; bem diferentes da colorida cidade, que aqui descrevi, na gestão do prefeito Rudolph Giuliani, com sua política de tolerância zero. Uma cidade, outrora limpa de bandidagem e demais sujeiras, do excesso de barulho e aplicação de leis rígidas para evitar outras manchas no cartão postal.

Feias de Nova York

Agora, flanando por Manhattan, depois de anos, vi a volta nefasta da sujeira, do mau cheiro, de mendigos escornados ruas afora, de muitos “sem teto” dormindo sob marquises e sobre bancos de praça; de camelôs generalizados, vendendo bolsas e similares de grifes famosas, claro, toscamente falsificados. De bom, anotado no caderninho, o recém-inaugurado Time Out Market.

Boas de Nova York

O Time Out Market fica às margens do rio East, no Brooklyn, bairro que bomba. Bairro também campeão em novos negócios, isso dado à falta de espaço na ilha. Já em Midtown, Manhattan, valeu conferir o novíssimo plano urbano Hudson Yards. Antes, um terreno vago para estacionamento de trens e que agora abriga torres residenciais, escritórios, praças, jardins, shopping centers e restaurantes.

Ótimas de Nova York

O espaço exibe o Mercado Little Spain, espécie de Little Italy em versão espanhola, e o incrível Vessel, projetado pelo britânico Heatherwinck Studio. Lá, o maior empreendimento imobiliário privado dos EUA, “esculpido” em monumental estrutura de aço revestida de cobre. Foi projetado durante a prefeitura de Michael Bloomberg (sem partido, independente), eleito em novembro de 2001, logo após a tragédia de 11 de setembro.

Ideal Nova York

Foi também quando Giuliani se deu conta que a cosmopolita Nova York precisava de um megaempresário para fazer a cidade ressurgir das cinzas e não de um político de carreira. A estratégia transformou downtown e Manhattan no que são. Um dos planos foi dar carência no IPTU por 20/25 anos para que empreendedores reconstruíssem o entorno das torres e todas as obras de downtown.

Completa Nova York

Patenteou o logo da cidade e tirou a mordida na maçã. A Big Apple agora está inteira porque maçã mordida apodrece, dizia ele. Bloomberg tinha a meta de implantar uma área verde, parques, a dez minutos da moradia de cada cidadão. Era contra carros em Manhattan e, nesse sentido, implantou pistas de bicicletas, ampliando também os espaços para pedestres.

Polêmica Nova York

No mesmo espírito de seu antecessor, 12 anos depois, em 2013, o democrata e atual prefeito, Bill de Blasio, morador do Brooklin, entra, promovendo todos os bairros da cidade: Manhattan, Queens, Staten Island, Bronx, Brooklin. Blasio, aquele que “barrou” a visita do nosso presidente Bolsonaro, é criticado por mazelas e também por ter retirado algumas medidas de segurança implantadas pelo antecessor.

Controversa Nova York

Medidas discriminatórias, segundo ele. De Blasio liberou a maconha, uma tendência atual nos Estados Unidos, e deu fim ao programa “Stop-and-Frisk”. O “Stop-and-Frisk” era um programa de perguntas e respostas, uma prática do Departamento de Polícia de Nova York de deter temporariamente, questionar e, às vezes, procurar civis nas ruas por armas, contrabando etc.

Outra Nova York

Voltando ao tema, também com incentivos fiscais, conhecemos, no Financial Distric, o Memorial & Museu Nacional do 11 de Setembro, onde ficavam as torres do World Trade Center; colado ao Transportation Hub, gigantesco terminal de transporte público.

Lança-Perfume

* Ainda sobre a nova, boa, velha e outra Nova York...

O Transportation Hub, conhecido como The Oculus – que causou polêmica, à época da construção – é projeto do arquiteto espanhol Santiago Calatrava, também autor do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.

O espaço ainda abriga a espetacular Westfield World Trade Center, maior shopping de Manhattan.

Ainda parte do complexo construído após os ataques de 2001, o prédio mais alto de Nova York: o espetacular One World Trade Center, cujo terraço pode ser visitado por US$ 50.

Em síntese, pego as impressões da amiga Cláudia Gonçalves sobre sua segunda cidade, NY, além de Beagá, para definir Manhattan.

“Admiro a capacidade do nova-iorquino em se transformar e se refazer: ‘I love Nova York!’”.

Dela também peguei emprestadas algumas dicas, contextualizadas com a Transportation Hub.

“Verão em NY é diferente do outono e do inverno. Isto porque, em julho e agosto, os milionários estão viajando, e todos na cidade procuram restaurantes mais à vontade”.

Nesse espírito, anotamos sugestões de badalados restaurantes em espaços livres: o francês Pastis, no Meatpacking District, foi reaberto recentemente e é sempre uma ótima pedida.

Badalado nos últimos 20 anos, é do mesmo dono do Balthazar e Minetta Tavern. Em seguida, o Old Rose, no hotel onde os sobreviventes do Titanic ficaram hospedados.

Para quem gosta de comida libanesa, o restaurante Ilili é reconhecido como o melhor da cidade, na 5ª Avenida com a rua 28.

O Bilboquet faz e acontece no almoço com o “Ladies Who Lunch”, ao lado da Broadway, entre 63/64, em frente ao Lincoln Center.

O bar Boulud tem ótima comida, vinhos em taça e preços honestos. O novo Edition Hotel, que reabriu há poucos meses, é boa opção para jantar com seu The Terrace, também aberto para almoço e café da manhã.

A temporada de “rooftop” está aberta novamente no The Public Hotel, ótimo para drinques no fim de tarde ou para a baladinha mais tarde.

Outras deliciosas dicas e novidades, na coluna de amanhã.