Dolce Vita | domingo, 10 de novembro de 2019

Fazendo e acontecendo na Templuz, durante a vernissage de sua exposição, “Insólito”, a linda e competente fotógrafa Luciana Matosinhos

Foto: Guilherme Barros


Desfilando sua beleza e elegância nos corredores do BH Shopping, a Miss Brasil 2019, Julia Horta

Foto: Edy Fernandes


Colorindo o domingo e as páginas da coluna, as gatas Taynara Gomes e Lorena Batista

Foto: Edy Fernandes


Parabéns e cabe mais

Renovamos os parabéns a BH, Cidade Criativa da Unesco pela Gastronomia. BH agora está entre as cidades com atividades criativas e desenvolvimento sustentável. É o que chamamos de bem imaterial. Infelizmente, no capítulo arquitetônico, preservação histórica – logo turístico –, estamos no fundo do poço. A começar pela imobilidade causada pela burrice do caótico trânsito.

Parabéns e manda mais

Repitamos! BH foi eleita com Fortaleza, designada no campo criativo Design. “Um título e uma conquista. Foram meses de engajamento dos atores da Gastronomia, que conseguiram resumir, em um dossiê, os nossos atributos. São feiras, chefs renomados, restaurantes, pratos típicos, além de políticas públicas voltadas para a segurança alimentar, tudo isso formando a base desse título”, afirmou o presidente da Belotur, Gilberto Castro.

Parabéns aos paulistas 

É um grande presente esse título. Mas não o suficiente para atrair turistas, alavancar o turismo. Porque, assim como apreciamos todas as comidas do mundo e do Brasil, em todo País, ninguém precisa vir a BH para experimentar a famosa “comida mineira”. Em todas as nossas capitais temos comida mineira, baiana, churrasco gaúcho, feijoada carioca etc. E agora, para desespero dos puristas e bairristas, temos uma notícia histórica chocante. A “comida mineira”, na verdade, é paulista.

Parabéns aos mineiros

Enquanto a Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, não pegar fogo e virar cinzas, quem quiser pode ir lá pesquisar. Nós, mineiros, somos filhos de paulistas portugueses e escravos africanos. Fomos “colonizados” pelos bandeirantes paulistas. Peguemos apenas um exemplo banal, o feijão tropeiro. Por que tropeiro? Porque veio com as tropas bandeirantes e paulistas. E na esteira do tropeiro, todo o resto da “comida mineira”, apenas adaptada aos produtos mineiros.

Parabéns ao Brasil

OK. O queijo, tudo bem. Esse é típico nosso, até hoje. O que a famosa política do “Café com Leite” prova. Quando Minas e seu leite, São Paulo e seu café dominavam a economia e política brasileiras. Hoje, salvo engano, Minas produz mais café que São Paulo. Em compensação, em vez de commodities, São Paulo produz o resto, com muito mais valor agregado.

Parabéns ao mundo

Mas voltemos ao nosso prêmio da Unesco e à “comida mineira”, que é paulista. Ainda hoje, no interior de São Paulo, come-se a legítima “comida mineira”, com nomes paulistas. E sabem o motivo? Porque no fim do século 19, começo do 20, os paulistanos “descobriram” a Europa e de lá trouxeram novos hábitos, inclusive culinários. De repente, a comida paulista típica virou comida “caipira”, restrita ao interior e à Minas Gerais, como até hoje.

Parabéns ao Uruguai

Não nos esqueçamos e justiça seja feita. Quem ensinou BH a comer outra coisa que não “comida mineira” foram os uruguaios Fernando Arecco “Motta” e seu sócio, o saudoso chef Jorge Rattner, nos idos dos anos 1980, com o Café Ideal e, hoje, com A Favorita e La Victoria. Pena faltar espaço, o assunto renderia muito mais.


Lança-Perfume

* E já que o assunto é Belo Horizonte, falemos de uma das maiores cidades do Brasil e do Brasil campeão mundial em imóveis inúteis.

Falemos de privatizações que gerariam e geram dinheiro adormecido, esquecido, adormecido em burocracia e mais burrice.

Já temos um Salim Mattar no Governo Bolsonaro, com a missão dada por Paulo Guedes de privatizar o máximo possível. E os três estão certíssimos.

Mirem-se no exemplo da Petrobras! Governador Romeu Zema, estamos com você e a Cemig. Manda ver! Quem tem condições de cuidar direito que assuma, ônus e bônus. Principalmente bônus.

Temos, aqui e no Brasil, de privatizar todas as estatais. Até o Palácio do Planalto.

A quantidade de imóveis em BH – imóveis de todos os tipos – abandonados, largados, jogados, pertencentes à União é indecente.

No centro de BH, imóveis ocupados por pessoas sem teto, espaços sem a mínima dignidade, conforto, segurança, infraestrutura, condições. Um absurdo! Favelas dentro da cidade.

Tem que vender tudo. Nós, pessoal e publicamente, temos que nos desapegar. Vender para quem tem dinheiro para manter, cuidar. Vender, reformar, restaurar e alugar, otimizar.

Chega de desperdício. A própria e já citada Cemig é dona de muita coisa sem serventia, que só dá trabalho e despesa. Utilidade mesmo que é bom, nada.

* Mudando de assunto e ficando quase no mesmo, o turismo, até nisso, ou principalmente nisso, as privatizações podem ajudar e muito.

Esses prédios, da União ou do Estado, provavelmente estão no Centro decaído de BH.

Pois então, que privatizem uns, derrubem outros, revitalizando o Centro, com novas e belas construções. Com parques e jardins, com overdose de verde.

Bairros bonitos atraem comércio, entretenimento, lazer, turismo e vida.

Bairros recuperados são saudáveis e atraentes. Revitalizam qualquer cidade. E exigem nada em troca, a começar pela infraestrutura que já está pronta.

Vamos lá, queridos autoridades e povo! Ousemos! Precisamos de outro JK! Venham, Zema e Bolsonaro!