Dolce Vita | 20 de julho de 2024


Para esquecer o futebol brasileiro, Amanda Pamplona. Foto: Edy Fernandes

Sinistra memória

Em 1994, completaríamos 24 anos sem vencer a Copa do Mundo que Romário, depois de desprezado, mas convocado de última hora, nos deu nos Estados Unidos. Em 2026, pelo desandar da carruagem, completaremos outros 24 anos sem título. Há muito a Seleção Brasileira trocou a glória pelo vexame, triste retrato do país da delicadeza perdida.

Sinistra e atual

Delicadeza é pouco. O Brasil não vai de mal a pior somente no futebol. Decadência geral, sem elegância. Daí, hoje, um texto, no Facebook, assinado por Thiago Dnardo, que invadiu outras redes sociais. E ele até pegou leve! A Seleção não é apenas “o extrato mais fiel do comportamento brasileiro”, mas do Brasil.

Atual e ridícula

Vamos ao texto! “Falar sobre a atual Seleção Brasileira não é falar apenas sobre futebol. O esporte que sempre foi a identidade brasileira no mundo, reflete o comportamento do povo. Na marchinha da Copa de 62: ‘A taça do Mundo é nossa, com brasileiro não há quem possa... O Brasileiro lá no estrangeiro mostrou o futebol como é que é’”. 

Ridícula e saudosa

Eis “o comportamento criativo e ousado do brasileiro, que jogava confiante, que ia para ensinar. Os jogadores, quase todos de origem humilde, enfrentavam dificuldades sociais na vida, precisavam vencer desafios, não se intimidavam com as adversidades, improvisavam para viver”. 

Saudosa e gloriosa

“E era o que Garrincha, Pelé, Didi e outros faziam. Depois, o improviso do Zico. A autoconfiança e malandragem de Romário, a mesma das peladas que disputava na Vila da Penha. A objetividade e força do Ronaldo, a eficiência e seriedade do Rivaldo, a molecagem autoconfiante de Ronaldinho Gaúcho.


Para esquecer a Seleção Brasileira, Anna Barroso. Foto: Edy Fernandes

Gloriosa e extinta

“A disciplina de Kaká foi o último suspiro. Aí, a geração Neymar e, agora, a de Vinícius Júnior, marcando, não só a derrocada da Seleção, como a perda da identidade de tudo o que era. Como a identidade sempre esteve ligada ao que o povo era, não dá para achar que esta geração é só futebol”. 

Extinta e patética

“Neymar e Cia. são jogadores que precisaram lutar por nada. Bajulados, nunca precisaram exercitar a criatividade. Bobos, fabricados. Não passam a espontaneidade de Romário, Ronaldo, Bebeto. A criatividade foi toda direcionada às futilidades. Baladas, polêmicas, roupas, bobagens”.

Patética e fraca

“É o comportamento deles, fútil, sem objetividade, com inúmeros lances improdutivos. Neymar passou boa parte de sua carreira na Seleção dando dribles e sofrendo faltas na linha lateral, na altura do meio de campo. As chuteiras coloridas, tatuagens em dia, cabelo e dancinhas ridículas”. 

Fraca e ridícula

“Assisti ao jogo da Argentina X Equador. Jogo, gana e comemorações de homens. Quando vejo a Seleção Brasileira, parece um grupo de adolescentes. Palhaçadas de marmanjos de 30 anos agindo como meninos. Desestabilizados emocionalmente, choram à toa. Lembro-me de seleções assim”.


Para esquecer a Copa do Mundo, provavelmente sem o Brasil, pela primeira vez, Letícia Santiago. Foto: Edy Fernandes

Lança Perfume

*“Colombianos gostavam de cabelos coloridos e dancinhas. Sua seleção era engraçadinha, todo mundo curtia, mas ninguém levava a sério”.

“O mesmo acontecia com Nigéria e outras. Hoje todos levam a sério e o Brasil estacionou nessa adolescência mental”.

“Insuportável ver todos rebolando após um gol. O pior é que não vieram de outro Planeta. Eles são o extrato mais fiel do comportamento brasileiro atual”.

“Disciplina nunca foi nosso ponto forte. E até mesmo o poder de improviso de antes, hoje foi todo direcionado para futilidades. É triste, mas a seleção brasileira nos representa”.

Será?

Na esteira, comentário de Carlos Roberto de Oliveira: “Infelizmente o futebol brasileiro, acabou em todos os sentidos”.

“Sentidos técnico, estratégico e moral. Ninguém respeita mais a nossa seleção. Jogadores medíocres, sem garra e honra”.

“Vergonha Nacional, a seleção não é mais do Brasil, mas sim dos empresários e patrocinadores”.