Dolce Vita | domingo, 28 de julho de 2019

A bela dupla dinâmica Ana Gutierrez e Carol Toledo, fazendo e acontecendo

Foto: Edy Fernandes

Esbanjando charme e elegância, Lorena Batista

Foto: Edy Fernandes

Belas e feras: as irmãs Natália Archanjo e Anna Beatriz Mateus

Foto: Edy Fernandes

Calor e arte

Para quem está na França, estará lá no próximo verão ou interessados em copiar mais um bom exemplo francês no turismo, cultura e lazer: a ensolarada Aix-en-Provence, apesar de ter sido fundada pelos romanos, não tem ruínas, mas águas termais em inúmeras fontes; muitos e coloridos mercados, praças medievais (de flores, de frutas e legumes, de peixes, de artesanato).

Calor e cultura

Neste clima é o lugar perfeito para os famosos festivais de verão, como muitas atrações na dança, ópera, teatro e exposições. Apenas um pequeno enorme problema: a oferta de hotéis e restaurantes na cidade não chama muito a atenção, no quesito que nos é caro: localização. Em toda a cidade não há hotéis de luxo históricos ou tradicionais e os de charme ficam afastados do centro histórico.

Calor e civilização

A linda e “árabe” Marseille é uma opção como base, a apenas 25 minutos de carro. A principal atividade de Aix é flanar por suas ruas, tomar café no histórico e napoleônico Deux Garçons, com uma visita ou outra a alguma instituição cultural. Tranquilamente, passa-se um dia inteiro em Aix sem precisar de hotel.

Calor e inverno

No Brasil, os festivais são de inverno e atraem principalmente estudantes. Poderiam ser mais diversificados para seduzir público mais amplo. E os de Campos do Jordão, em São Paulo, e Tiradentes, aqui, não são para todos os bolsos. Criar festivais de verão no Brasil seria uma boa ideia. Aqui, verão é sinônimo de praia, e só.

Na veia

A “cracolândia” é uma triste realidade nas grandes cidades do Brasil. Porque os toxicômanos são, queiramos ou não, uma verdade na sociedade, uma estrutura oferece ajuda, proteção com tolerância e respeito. Não no Brasil, claro. Quando pensamos no país Luxemburgo, na Europa, visualizamos apenas mais um paraíso fiscal e contas bancárias suspeitas, mas existe outro lado bem menos reluzente.

Na sociedade

Dezenas de viciados, em várias drogas, vão, todos os dias, ao “Abrigado” pegar suas doses e trocar seringas. “A sociedade está pronta para ver essa parte da sociedade? Usamos uma cortina para esconder a vista, mas não é escondendo um problema que ele desaparece”, diz Raoul Schaaf, diretor do Comitê Nacional de Defesa Social, (CNDS).

Na dignidade

O “Abrigado” ficou conhecido por sua sala de “picadas” ou “picos”: 14 consumidores podem inalar ou injetar seus “produtos” num espaço de 30 metros quadrados. “Não quero consumir nas ruas, há crianças e também sujeira. E aqui, se me acontecer alguma coisa, sempre terei alguém”, desabafa Nikki, de 38 anos, vinda para sua dose semanal, um pouco nervosa e ansiosa para entrar na sala.

Na segurança

Material esterilizado, supervisão de dois colaboradores que podem também orientar para um tratamento médico. A segurança é garantida. “Em cinco mil consumos mensais, tivemos apenas 1,6 overdose”, revela Patrick Klein, diretor do “Abrigado”. Mas o espaço não se reduz à sala de consumo de drogas ou à troca de seringas (400 mil por ano): abre suas portas às 22h, com inscrições, aos toxicômanos. 35% deles são sem teto, e as mulheres têm prioridade.

Na tranquilidade

O abrigo noturno tem 42 lugares. Os quartos são simples, mas limpos, e podem acolher seis pessoas. O “Abrigado” acolhe também durante o dia. Os visitantes podem usar os sanitários, as máquinas de lavar, beber um café, descansar, receber conselhos, cuidados médicos ou ser orientados para terapias ou médicos. “O trabalho mais duro da equipe de enfermagem é o cuidado das feridas, nossa especialidade”.

Lança-Perfume

* Terminando o tema “Abrigado”: “Problemas circulatórios, infecções, condições de higiene e de repouso, dificilmente respeitadas nas ruas, são um grande problema para nossos clientes”, explicou Patrick Klein.

* Dia 20, Marley Castro comemorou seu aniversário em uma bela festa no Condomínio Alphaville.

Comemorou também o crescimento do empório Leve Minas, no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte. Presentes gourmets com produtos mineiros tradicionais.

* Interessante o texto assinado por Jackson César Buonocore – “A Era do exibicionismo: A necessidade de aparecer”.

 “A necessidade de aparecer todos nós temos, uns mais, outros menos, seja por motivos ou princípios diversos”.

 “É normal que queiramos contar boas notícias, mostrar nossas vitórias, partilhar com quem gostamos o que conquistamos, no ponto de vista material, emocional e espiritual”.

“Porém, esse processo de exposição precisa ser feito sem deslumbramento, com maturidade para não nos sujeitarmos forçosamente, uma vez que esse comportamento deixa de ser uma forma de comunicação e passar ser exibicionismo”.

 “Sigmund Freud, num estudo sobre o exibicionismo, constatou que cada um de nós começou a vida como um bebê exibicionista”.

“Ele ainda verificou que a maioria das pessoas, na fase adulta, têm êxito em conter esse impulso, mas o exibicionista patológico não consegue superar tal aspecto”.

“Alguns indivíduos sentem o desejo de evidenciar sua potência sexual: os homens precisam mostrar a sua virilidade, e as mulheres, o seu erotismo”.

“Um sentimento de inferioridade, uma necessidade de chamar a atenção alheia – para mostrar sucesso, fama, dinheiro, carros, ou até capinhas de celular”.

“Vivemos na era do exibicionismo, em que a grande mídia vende a ilusão que se pode ter tudo. Mas não diz que isso tem um custo elevadíssimo: o endividamento financeiro, o aumento da ansiedade e da angústia”.

“As redes sociais transformaram-se num show de exibicionismo, uma realidade artificial – que se alimenta das carências afetivas ou emocionais”.