Direto na boca

Animais sofrem e morrem cruelmente para o luxo dos humanos. Um dos tratamentos mais cruéis é reservado aos gansos e patos, em nome do famoso “foie gras” que, em francês, quer dizer fígado gordo, quase canceroso. Ele pode ficar gordo “naturalmente” ou via “tortura”, o “gavage”, alimentação hipercalórica, forçada mecanicamente através de um tubo enfiado goela abaixo. O fígado cresce até dez vezes mais que o normal.

Direto na boca
Gansos são gulosos, não precisavam disso. Em vários lugares do mundo, essa iguaria foi proibida. A Câmara de BH aprovou projeto de lei que proíbe produção e comercialização do “foie gras”. O texto está com o prefeito Marcio Lacerda, que pode sancionar, vetar ou deixar de presente para Alexandre Kalil, antes de merecidas férias na Nova Zelândia. A proposta do vereador Lúcio Bocão recebe críticas da área gastronômica, do tipo: “Os políticos deveriam antes é se preocupar com a saúde das pessoas e não com a dos gansos e patos”, como disse a chef Agnes Farkasvolgyi.

Duvidoso horizonte
Qual seria o melhor presente para os 119 anos de BH? Um lindo horizonte, com o trabalho e a dedicação dos trabalhadores e de nossas elites políticas e econômicas. Elites que deveriam ser mais inteligentes, menos egoístas e mirar no exemplos da vizinha Colômbia, Estados Unidos e Europa. “O Brasil paga a conta de nossos próprios erros”, desabafou um grande empresário e político.

Possível horizonte
Precisamos ter mais consciência num país tão desigual e injusto, com ilhas de felicidade e outras de miséria. Nossas elites precisam tocar seus negócios, sem esquecer a pobreza, violência e criminalidade que travam a ordem e o progresso. Todos perdem. Por onde começar? Que tal melhorando a educação infantil? Com educação, trabalho e tempo, tudo pode ser resolvido ou melhorado!

Poção mágica
“Amiga”, comentando foto de outra “amiga” no Instagram: “Você está linda. Qual o segredo?”. E a outra: “Uma tal de genética, conhece?”. Não adianta truque, se não tiver a amiga genética, o negócio é apelar a profissionais, como nossa amiga Eveline Bartels. Em sua clínica só falta o elixir da juventude. Mas tem o rejuvenescimento a laser: durável, pra qualquer tipo de pele e época do ano. Para o corpo todo, inclusive as famosas, perseguidas e outrora misteriosas áreas íntimas! O mini lifting não é mágico, mas faz milagres. Aí é só colocar a “culpa” na genética e matar as “amigas” de inveja!

EUA made in Rússia
Ayn Rand nasceu na Rússia, em 1905. Em 1926, foi para os Estados Unidos, apareceu para o mundo e ficou para a história. Morreu em Nova York, em 1982. De Ayn Rand: “Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno/influência, não pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade é auto sacrifício; esteja certo: sua sociedade está condenada.

Feliz futuro
Ousadia, humor negro, alienação ou otimismo e esperança? Feliz Natal e um próspero Ano Novo. 2016 foi osso punk, mas sobrevivemos para renovar o otimismo e a esperança num 2017 melhor para todos. Assim, força, amor, solidariedade, tolerância e trabalho. Sejamos gratos porque o pouco de bom não deixa de ter sido bom. E estamos aqui e estaremos juntos, em 2017. Mil beijos e abraços.

Lança-perfume
A empresária Fátima Baracho Macaroun e o filho Bernardo Baracho Macaroun inauguraram a galeria/loja Urban Arts no Ponteio Lar Shopping.

Arte acessível, divulgando e comercializando mais de 3500 artistas, designers e ilustradores de talento.

Belo Horizonte ganhou o Mirante Bandeirantes, na Pampulha, revitalizado. Patrocínio e recuperação da Patrimar a partir de projeto desenvolvido pela arquiteta Michele Ziade, com bancos, nova iluminação e banheiros.

Lembram quando, no cinema e na vida real, todo bandido fugia para o Brasil ou para a Bolívia, como no caso de Butch Cassidy and the Sundance Kid?

Mas, os mestres do crime fizeram escola, foram superados pelos alunos e caíram fora; não aguentaram a concorrência. Em pouco tempo, o Brasil passou de importador a exportador de criminosos.

Com a delação da Odebrecht, a construtora mostrou-se exímia na arte de colocar apelidos. A criatividade foi tão grande quanto as propinas.

Pelos sobrenomes, Romero Jucá virou “Caju”; José Carlos Aleluia, “Missa” e José Agripino, “Gripado”.


Para alguns, o apelido doeu mais que a biografia manchada: Lídice da Mata, a “Feia”, e Heráclito Fortes, o “Boca Mole”.